terça-feira, 30 de março de 2010

Mercantilismo

O Mercantilismo é entendido como um conjunto de práticas, adotadas pelo Estado absolutista na época moderna, com o objetivo de obter e preservar riqueza. A concepeção predominante parte da premissa de que “a riqueza da nação é determinada pela quantidade de ouro e prata que ela possuí. Ao mesmo tempos, os governantes consideravam que a riqueza que existia no mundo era fixa, não poderia ser aumentada, portanto, para um país enriquecer outro deveria empobrecer. Essa concepção foi responsável pelo acirramento das disputas entre as nações.

As nações européias adotaram uma política intervencionista, ou seja, as regras da economia eram ditadas pelo Estado, fato aparentemente lógico na época, pois o Estado era absolutista e portanto exercia forte controle sobre a economia. O Estado passou proibir a saída de ouro e prata, como forma de manter a riqueza no país.

A Espanha acumulou grande quantidade de riqueza a partir da exploração de seus territórios coloniais na América. Para o país, o colonialismo foi a base de acumulação de riqueza metalista. Os demais países europeus, que não obtinham metais através da exploração direta, desenvolveram uma política com o objetivo de obter uma “balança comercial favorável”, procurando aumentar suas exportações e restringir as importações. Dessa forma os ganhos seriam maiores que os gastos e a diferença seria acumulada pelo tesouro do país.

Os metais preciosos permitiriam ao governo comprar armas, contratar soldados, construir navios, pagar funcionários e custear as guerras.

O caso espanhol demonstrou, entretanto, o quanto era enganosa a política metalista. A Espanha era, no século XV o país mais rico da Europa em conseqüência do ouro e da prata oriundos de suas colônias da América. O atraso do comércio das manufaturas e da agricultura espanholas, entretanto, obrigavam a Espanha a importar de outros países europeus a quase totalidade das mercadorias necessárias ao seu consumo. Como essas importações eram pagas em ouro e prata, os metais preciosos que chegavam à Espanha eram, em seguida, desviados para o resto da Europa. A Espanha tornou-se, assim, a ‘garganta por onde passava o ouro para o estômago de outros países ma s desenvolvidos do ponto de vista comercia e industrial, como a França, a Inglaterra e a Holanda’.

A partir desse exemplo, a balança comercial favorável transformou-se no segundo principio male Importante do mercantilismo europeu. Como os metais preciosos constituíam o principal meio de pagamento nas relações econômicas Internacionais, o Incremento do comércio exterior tornou-se a forma por excelência de acumulação de ouro e prata - cada país procurava exportar o máximo e Importar o mínimo para obter uma balança de comércio favorável. Essa política de Incremento unilateral do comércio exterior acabou gerando um nacionalismo econômico exacerbado, que se tornou uma das principais causas das guerras permanentes entre as grandes potências européias nos Tempos Modernos.

A política econômica mercantilista estava voltada para três objetivos principais: o desenvolvimento da indústria, o crescimento do comércio e a expansão do poderio naval. Para incentivar o desenvolvimento da Indústria, o governo concedia a grupos particulares o monopólio de determinados ramos da produção ou criava as manufaturas do Estado. A meta era a obtenção da auto-suficiência econômica e a produção de excedentes exportáveis.

O crescimento do comércio era Incentivado através da criação de grandes companhias comerciais, como a Companhia das Índias Ocidentais e a Companhia das índias Orientais e da organização de vastos Impérios coloniais. O comércio entre metrópole e colônia era regulado pelo pacto colonial, baseado num sistema de monopólio comerciei também chamado de exclusivo metropolitano. A metrópole adquiria da colônia produtos tropicais e exportava para esta artigos manufaturados, obtendo, naturalmente, sempre uma balança de comércio favorável.

A expansão do poderio naval era essencial para garantir as comunicações marítimas entre as metrópoles européias e seus Impérios coloniais assim como para a redução do comércio em escala mundial. No século XV, Portugal exerceu a supremacia naval; no século XVI. esta passou à Espanha; no século seguinte, à Holanda; e. finalmente. no século XVIII a Inglaterra tornou-se a “rainha dos mares”.

FONTE: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=746

segunda-feira, 29 de março de 2010

PIB do Piauí aumenta em 6,07%, segundo estimativas

A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) divulgou, na manhã da última sexta-feira (26), as estimativas de quais serão os resultados do Produto Interno Bruto – PIB 2009, do Piauí. Várias autoridades do setor do comércio, da indústria e da construção civil compareceram à solenidade, que aconteceu no Palácio de Karnak com a presença do governador Wellington Dias e do presidente da Cepro, Oscar de Barros.


Segundo o presidente da Cepro, a metodologia empregada para o cálculo do PIB do Estado do Piauí, para o ano de 2009, levou em consideração os índices de volume dos principais indicadores que determinam o comportamento das atividades econômicas do Estado. “Tais índices foram multiplicados pelos valores adicionados da estimativa 2008, para que assim fosse possível calcular os valores nominais para 2009”, destacou.

A estimativa do PIB para 2009 resultou, segundo Oscar de Barros, numa variação real da ordem de 6,07%. O valor nominal do PIB de 2009, de acordo com a projeção realizada, ficou em R$ 15.854 bilhões, mais R$ 907 milhões em relação a 2008 (R$ 14.947 bilhões).

Das estimativas divulgadas do PIB de 2009 houve um resultado que chegou a 6,07%, ficando acima dos anos anteriores. No setor da agropecuária houve uma variação negativa de – 0,18%, no setor da indústria houve um crescimento que chegou a 6,65%, no setor de serviços o resultado registrou 6,61%.

“Se essa previsão se consolidar, entre os anos de 2003 e 2009, o Estado acumula um crescimento de 36,07%, com aumento médio anual de 5,15%. Com esse resultado, o PIB de 2009, em termos monetários, é maior 80,63% que o alcançado em 2003 (R$ 8.777 bilhões)”, destacou o diretor da Cepro. Para Oscar de Barros, esta estimativa divulgada hoje é importante porque ajuda os empreendedores a se planejarem para fazer novos investimentos.

O governador Wellington Dias disse que esta previsão de índices coloca o Piauí com um crescimento acima da média nacional e do Nordeste. “Isto é importante comemorar com os que fazem a economia: a indústria, o comércio, a construção civil. Todo o nosso esforço foi fazer andar os projetos. Quero comemorar com as entidades de classe porque sei da importância delas no papel das nossas riquezas”, disse, ressaltando que para 2010 os resultados serão maiores com os investimentos de novas empresas, a exemplo da Suzano e da Vale do Rio Doce. “Vamos fazer crescer a renda para aumentar a demanda no comércio”, finaliza o governador.

Fonte:
http://www.vermelho.org.br/pi/noticia.php?id_noticia=126711&id_secao=95
29 de Março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

O aniversário do Partido nos 25 anos da legalidade

No transcurso do 88º aniversário do Partido Comunista do Brasil, o Partido Vivo e o Vermelho continuam publicando artigos de dirigentes sobre fatos marcantes da história dos comunistas e acerca dos desafios atuais.


Por José Reinaldo Carvalho

A passagem de mais um aniversário do Partido Comunista do Brasil é momento de festa, mais militância e ao mesmo tempo de reflexão. Festa dos comunistas, dos seus aliados em amplos setores políticos e sociais com os quais o PCdoB compartilha convicções e trincheiras na luta pelo aprofundamento e ampliação da democracia no Brasil, em defesa e reforço da soberania nacional, pelos direitos dos trabalhadores e do povo, pelo progresso social, a solidariedade internacional, o combate à opressão capitalista e ao domínio do mundo pelo imperialismo. Militância de todos aqueles que, membros da organização comunista, realizam ações políticas junto ao povo para elevar sua consciência. É um momento propício também a reafirmações – do caráter comunista do Partido e do rumo socialista da revolução brasileira -, pelo que deram a vida heróis e mártires do nosso povo, dignos militantes e dirigentes da legenda comunista.


Um quarto de século na legalidade

O aniversário deste ano assume significado especial porque é celebrado simultaneamente com a passagem dos 25 anos da legalidade, conquistada com o advento da Nova República, quando o país se democratizava depois de 21 anos sob a famigerada ditadura militar vende-pátria e inimiga do povo, e conquistava vitórias históricas, como o direito de eleger os seus representantes e governantes em todos os níveis, o de escrever a Constituição, o de livre funcionamento das centrais sindicais, organizações estudantis e populares.

Um exame não só da história do Partido, mas de todo o período republicano e em especial do século 20, dá-nos elementos para valorizar esta conquista. A não ser em pequenos intervalos, espécies de breves hiatos na nossa história, em regra o Brasil do século 20 foi um país antidemocrático, sob o feroz tacão das classes dominantes herdeiras do colonialismo e do escravismo. Mesmo quando essa burguesia e os latifundiários se modernizaram, integradas ao sistema de dominação imperialista que submeteu o país a uma espécie de neocolonialismo, não perderam, ao contrário muitas vezes acentuaram, seu caráter reacionário e antidemocrático, recorrendo à repressão política para assegurar seu modelo econômico e social subordinado ao sistema capitalista mundial. Esse traço das classes dominantes nativas é tão forte que já no período democrático, durante a segunda metade dos anos 1990 e até o início do século 21, praticou, durante o governo de FHC, o que um eminente jurista chamou de “ditadura dos punhos de renda”. Todas as vezes que o Brasil viveu tais derivas antidemocráticas, a primeira vítima eram os comunistas, que se tornavam o alvo preferencial de perseguições, como o encarceramento, a tortura e o assassinato seletivo. Os comunistas brasileiros aprenderam, assim, a valorizar a liberdade e a democracia pagando-lhes tributo de sangue.

Um quarto de século de vida democrática para o povo brasileiro e de legalidade para os comunistas é, assim, uma imensa e valorosa conquista a consolidar, ampliar e aprofundar. Vivendo na democracia, os trabalhadores e o povo exercem o direito de lutar por seus direitos, fazendo nessa luta frutífera experiência, adquirindo consciência, organização e acumulando forças para novas e maiores vitórias.


Papel ativo e decisivo nas conquistas democráticas

Foi ativo e decisivo o papel do PCdoB na luta contra a ditadura, na consolidação da Nova República, na convocação e funcionamento da Assembleia Constituinte, nas sucessivas eleições presidenciais. Tal como ao longo do século 20, não há fato marcante da vida contemporânea brasileira que não tenha o selo da política e da ação do Partido Comunista do Brasil.

Com a legalidade, veio o desafio da luta pelo voto e da participação em nome do partido nas casas legislativas municipais, estaduais e federais, domínio em que os comunistas adquiriram rica experiência. Hoje somos um partido politicamente influente, interlocutor credenciado de todas as forças políticas, fiador das mudanças políticas e sociais e pivô de grandes coalizões voltadas para a conquista dos objetivos históricos do povo brasileiro.


Nova fase na Vida do Partido

A vida democrática e a legalidade impactaram fortemente a postura e o funcionamento do Partido. Depois de rigorosa clandestinidade, os comunistas inauguraram novos métodos de atuação, novas formas de organização e novo estilo de direção. Desde então as fileiras partidárias conheceram vertiginoso crescimento. Ao longo destas duas décadas e meia foi-se plasmando uma nova política de organização e uma política de quadros, cuja experiência acaba de ser sistematizada no último Congresso. A campanha pela legalização do Partido foi feita nas ruas, o apelo ao ingresso na organização comunista foi dirigido às amplas massas e os seus dirigentes tornaram-se lideranças políticas e sociais.

Atualmente, criam-se as condições para o Partido dar um salto qualitativo na sua construção e credenciamento como força revolucionária capaz de se colocar nas primeiras fileiras do combate por um novo Brasil. Temos um Programa político, aprovado em novembro do ano passado pelo 12º Congresso, bem situado estratégica e taticamente no qual se entrelaçam os objetivos socialistas da revolução brasileira com os caminhos peculiares que estamos percorrendo, pontilhado por lutas de caráter patriótico, democrático e popular. Temos uma nítida identidade comunista e somos reconhecidos na esquerda brasileira e no movimento comunista internacional como um partido que jamais se deixou embair pelo canto de sereia do oportunismo social-democrata. E somos constituídos por uma militância e quadros dirigentes experimentados, capazes de conduzir a grande massa de novos militantes e lutadores das classes trabalhadoras e da intelectualidade que ingressam no nosso Partido.

Dizia o poeta Vinícius de Moraes que são demais os perigos desta vida pra quem tem paixão. Parafraseando-o diríamos que são demais os desafios para quem tem convicções e vontade de revolucionar o país, mudar o mundo e construir uma nova sociedade. Atualizando-se incessantemente, tendo no povo brasileiro a fonte inesgotável da sua força e no socialismo científico, no marxismo-leninismo, o conceito teórico-ideológico que informa a linha política estratégica e tática, o PCdoB é e deve continuar sendo o dínamo de transformações revolucionárias em nosso país. E construir-se tendo em vista esta missão histórica, situando nesse horizonte mais largo as tarefas do dia a dia.

Tarefa incontornável nesse esforço é combater o pragmatismo, o liberalismo, o oportunismo corrosivo e a tendência a diluir o Partido fazendo-o retroceder de organização de vanguarda e luta política de classes em movimento fluido e amorfo envolvido apenas em batalhas parciais e imediatas. Organizar o Partido em função da política não pode significar a confusão bernsteiniana de que “o objetivo é tudo, o objetivo final é nada”. As indispensáveis flexões táticas, atualizações teóricas e adaptações organizativas adequadas ao momento político atual subordinam-se à estratégia geral, à luta pelo socialismo no Brasil, o que pressupõe a existência e o desenvolvimento de um partido comunista revolucionário, de classe e de combate.


Secretário de Comunicação do PCdoB
http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=126441&id_secao=3
24 de Março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

Dieese ajudará nas negociações para reduzir jornada de trabalho

A 4ª Jornada Nacional de Debates organizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com o apoio das seis centrais sindicais, que ocorrerá a partir desta terça-feira (23) até o dia oito de abril em todas as capitais do país, terá como tema principal a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.


O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, afirmou que a 4a Jornada Nacional de Debates vai analisar as tendências de negociações coletivas no segundo semestre. “Neste momento, nós vamos dar um enfoque para aprofundar a discussão da redução da jornada de trabalho, entendendo que esse movimento tem uma dimensão de luta nacional, mas sabendo que pode ter também no estado, na relação do trabalhador com seu segmento empresarial".

O diretor do Dieese explicou que para a realização da 4a Jornada um técnico do Dieese se deslocará para cada cidade, as centrais mobilizarão o evento local e assim ocorre o debate, que tem por objetivo subsidiar o movimento sindical com informações sobre como desenvolver o desdobramento dessa luta, que pode continuar nas negociações coletivas numa pauta que inclua a dimensão da jornada de trabalho em termos de qualidade no trabalho”, afirma Clemente.

No último dia 11, o Dieese lançou nota à imprensa derrubando os argumentos dos empresários que são contra a redução da jornada de trabalho. O Departamento disse no texto que a jornada de 40 horas semanais, associada à coibição de horas extras, pode gerar mais de 2,5 milhões de empregos, que o custo do trabalho no Brasil é baixíssimo se comparado com outros países e o impacto da medida sobre os custos totais da indústria seria inferior a 2%.


Reação do empresariado


A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) retorna à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23), com nova força-tarefa para se contrapor à redução da jornada de trabalho. O presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, lidera uma quinta visita ao Congresso para tentar evitar a votação da matéria que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais e aumenta para 75% o valor da hora extra. Dois destes encontros foram com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP).

Os empresários vão se dividir em visitas individuais aos parlamentares e se reunir com as bancadas para tentar adiar a discussão sobre a PEC. Eles alegam que a medida vai trazer prejuízo às empresas, principalmente as médias e pequenas empresas, e impedir o comércio de bens e serviço de abrir aos domingos em função dos custos trabalhistas.

E ameaçam com desemprego, da mesma forma em que fizerem em 1988, quando a Constituição reduziu de 48 para 44 horas semanais a jornada de trabalho. “O assunto é polêmico, ameaça as empresas, vai trazer desemprego e não pode ser discutido no calor de um ano eleitoral”, enfatizou José Paulo Cairoli, presidente da CACB.

As centrais sindicais, ao contrário, querem aproveitar o ano eleitoral para colocar a matéria em votação. Para o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o ano eleitoral é o momento ideal para a votação da matéria porque vai deixar claro para o eleitor quais os parlamentares que defendem os trabalhadores e aqueles que representam o interesse dos empresários.


Veja abaixo as datas em que serão realizados todos os encontros da 4a Jornada Nacional de Debates:


23 de março - São Paulo e Porto Alegre

24 de março - Florianópolis, Vitória, Aracaju, Belo Horizonte, Natal e Palmas

25 de março - Brasília

30 de março - Salvador, Rio Branco, Manaus, Rio de Janeiro e Porto Velho

31 de março - Campo Grande, Goiânia e Curitiba

6 de abril - Fortaleza, Teresina, Recife e Belém

7 de abril - Boa Vista, São Luís e João Pessoa

8 de abril - Maceió, Cuiabá e Macapá



Da sucursal de Brasília
Márcia Xavier

22 de Março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

EUA e seus direitos humanos: 640 tentativas de matar Fidel

Agora que os Estados Unidos e seus aliados, em sua campanha midiática contra Cuba, se proclamam defensores da vida humana, os cubanos recordam que isso pode ser desmentido, entre outras coisas, pelas 640 tentativas de assassinar Fidel Castro.


Não é segredo para ninguém que este insólito número de atentados contra a vida do dirigente de um país fez parte da estratégia oficial elaborada pelas mais altas autoridades norte-americanas e cuja aplicação foi ordenada aos seus organismos de inteligência e espionagem.

Nestes dias, foi lembrado o 50º aniversário da portaria assinada pelo então presidente dos Estados Unidos, Dwight Eusenhower, em março de 1960, dando luz verde a todas as operações secretas destinadas a derrubar o governo cubano, entre as quais sempre se destacaram os ataques terroristas e um projeto de eliminação física de Fidel Castro.

Documentos tornados públicos pelos arquivos inclusive da Agência Central de Inteligência (CIA), confissões de presos nos esforços para consumar os fatos ou daqueles que se aventuraram na invasão da Baía dos Porcos, audiências parlamentares esclarecedoras e meia dúzia de filmes revelando tais planos são as melhores provas existentes.

A insólita variedade de formas escolhidas para eliminar o líder da revolução cubana poderia parecer um elemento novelesco se elas não tivessem constituído ações concretas aprovadas em mais alto nível nos Estados Unidos.

Desde tentar envenenar Fidel Castro durante o consumo de um alimento ou de um charuto, até comprar a traição de alguém que o mataria durante um comício na Universidade de Havana, passando por muitas outras formas de homicídio, todas foram tentativas frustradas pela eficiência da Segurança do Estado cubano.

Os complôs para atingir este objetivo no exterior foram extremamente perigosos e seus mal sucedidos autores sempre foram protegidas pelas instâncias estadunidenses, que lhes encomendaram tais projetos de magnicídio.

Um dos últimos foi aquele preparado no Panamá, por ocasião da celebração de uma cúpula Pan-Americana de Chefes de Estado e de Governo, frustrado pela denúncia de Cuba e que, se tivesse se materializado, teria custado um imenso número de vidas, ao explodir o salão nobre da Universidade na qual Fidel Castro falaria a uma multidão de estudantes.

Ali apareceu como autor, mais uma vez, o conhecido terrorista Luis Posada Carriles, preso, condenado por um juiz e indultado depois por um governo panamenho e acolhido de braços abertos por grupos terroristas em Miami, para que continue seus velhos hábitos.

Estas centenas de projetos de assassinato que não tiveram êxito não pareceram nunca uma violação do direito à vida para aqueles que os ordenaram, organizaram e executaram, e que nunca perderam a esperança de serem capazes de consumá-los.

Para os cubanos, é fácil identificá-los agora como os mesmos que dirigem a campanha midiática contra Cuba e que se proclamam defensores dos direitos humanos, acompanhados por aqueles que nunca levantaram um dedo sequer para condenar este tipo terrorismo de Estado como contra a nação antilhana.



Fonte: Prensa Latina
22 de Março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Dilma descarta "salto alto" e compara governos

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse, neste sábado (20), em Santa Catarina, que está satisfeita com os resultados das últimas pesquisas, mas destacou que o "salto alto" não a fará avançar na disputa pela Presidência. Ela ressaltou que as comparações entre o governo Lula e os anteriores serão "inevitáveis" durante a campanha.

Sobre comparações entre ela e o pré-candidato José Serra (PSDB), afirmou: "Não costumo me manifestar sobre comparações. Principalmente em relação ao Serra. Não é só o projeto de governo que vai ser comparado. Nós podemos dizer o que fizemos. Temos capacidade de fazer o futuro. Foram 12 milhões de empregos gerados diante da inexistência disso na gestão anterior", ressaltou.

Na última sexta, em entrevista na qual assumiu pela primeira vez que será candidato, Serra afirmou apostar em um "confronto de biografias" durante a campanha e avaliou que população fará "um juízo mais pessoal a respeito dos candidatos". A declaração soou como uma sinalização de que ele teme o confronto de projetos e serviços prestados à população.

Sem fugir a esse debate, Dilma enumerou várias ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o programa "Bolsa Família" e o "Minha Casa, Minha Vida". A ministra da Casa Civil participou neste sábado do 4º Congresso Estadual do PT em Santa Catarina. O evento duraria o dia todo no município de São José, na região da Grande Florianópolis.

Na atividade, Dilma Rousseff falou sobre o "desempenho exemplar" do governo Lula, especialmente em relação à baixa da inflação e à garantia de sustentabilidade que o Brasil teve durante a crise financeira.

Ao comentar depois seu rápido crescimento nas pesquisas, Dilma procurou evitar o salto alto, afirmando que não iria comentar uma possível vitória em primeiro turno. "Não comentamos pesquisa porque muita água ainda vai rolar debaixo desta ponte. De salto alto ninguém sobe em pesquisa. Colocamos um tênis e ganhamos fôlego para brigar", ponderou.

"Quem é mulher sabe como é difícil subir um morro com salto alto. Imagina uma corrida presidencial. Não dá certo e o risco de tropeçar é grande", afirmou, bem humorada.

A pré-candidata foi muito assediada desde o seu desembarque de helicóptero num hotel de São José, cidade da região metropolitana de Florianópolis. Abordada sobre possibilidades de coalizão com o PMDB em Santa Catarina a pré-candidata deixou claro que o PT nunca escondeu a importância que dá a uma coligação com os peemedebistas em todo o Brasil.

"Vemos com bons olhos a aliança com o PMDB. Mas, serão alianças construídas sem imposições. Vamos governar o País considerando os processos de coalizão como uma forma de governabilidade", afirmou.

Sobre o fato de o presidente Lula ter perdido as eleições anteriores no Estado, a ministra fez questão de enfatizar que o Brasil vive outro momento. "Nosso País nunca esteve tão bem e nunca gerou tanto emprego. As cidades nunca tiveram tantos benefícios. Há um conjunto de realizações. Mas, é o povo que vai decidir", disse.

Ao final da entrevista coletiva, Dilma relembrou os tempos de militância durante o período de Ditadura Militar. "Sabemos que a democracia não só é possível como a construímos em nosso governo", finalizou. Após a conversa com jornalistas, a pré-candidata participou junto com os militantes do PT Estadual da festa de 30 anos do partido.

Na presença da ministra, que visita a cidade em caráter extra-oficial, o diretório estadual do PT catarinense homologou a pré-candidatura da senadora Ideli Salvatti ao governo do Estado.


20 de Março de 2010
vermelho.org.br >> Brasil

sábado, 20 de março de 2010

Caso Bancoop: Ministério Público desmente reportagem da Veja

A casa caiu! O jargão conhecido das rodas policiais deve estar sendo entoado neste momento no suntuoso prédio da editora Abril, em São Paulo, onde a revista Veja é produzida. Mas a expressão -- ao contrário do que costuma acontecer naquela redação -- não é dirigida a nenhum petista ou integrante do governo e sim à própria revista. Informações oficiais fornecidas hoje pelo Ministério Público Federal deixam claro que a revista mentiu aos seus leitores sobre o caso Bancoop.



Na edição do último final de semana, a revista foi categórica ao afirmar que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro fez acusações incriminadoras contra o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a quem a revista acusa de estar envolvido em casos de desvio de dinheiro da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).





Veja abaixo um dos trechos da reportagem da Veja:


"A revelação do elo de João Vaccari com o escândalo que produziu um terremoto no governo federal está em uma série de depoimentos prestados pelo corretor Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país. Em 2005, na iminência de ser denunciado como um dos réus do processo do mensalão, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Em troca de perdão judicial para seus crimes, o corretor entregou aos investigadores nomes, valores, datas e documentos bancários que incriminam, em especial, o deputado paulista Valdemar Costa Neto, do PR, réu no STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em um dos depoimentos, ao qual VEJA teve acesso, Lúcio Funaro também forneceu detalhes inéditos e devastadores da maneira como os petistas canalizavam dinheiro para o caixa clandestino do PT. Apresentou, inclusive, o nome do que pode vir a ser o 41º réu do processo que apura o mensalão - o tesoureiro João Vaccari Neto. "Ele (Vaccari) cobra 12% de comissão para o partido", disse o corretor em um relato gravado pelos procuradores. Em cinco depoimentos ao Ministério Público Federal que se seguiram, Funaro forneceu outras informações comprometedoras sobre o trabalho do tesoureiro encarregado de cuidar das finanças do PT."

Segundo o próprio Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), é tudo mentira. O MPF informou nesta sexta-feira, em nota oficial, que o material que recebeu da Procuradoria-Geral da República (PGR) e que embasou a denúncia contra o doleiro Lúcio Bolonha Funaro por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro não faz nenhuma menção a João Vaccari Neto. O depoimento foi colhido em 2008 como parte do processo do mensalão.

Em nota, a procuradora Anamara Osório Silva, autora da denúncia oferecida em junho de 2008 e que levou à ação penal que tramita na Justiça contra Funaro e seu sócio, José Carlos Batista, esclareceu também que não pode confirmar se o depoimento concedido por Funaro em Brasília se deu por delação premiada.

"Tanto na documentação remetida pela PGR a São Paulo, que embasou a denúncia, quanto na própria acusação formal remetida à Justiça pelo MPF-SP, é necessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto", afirma o texto. "O MPF em São Paulo não pode confirmar se o depoimento de Funaro, concedido em Brasília, se deu sob o instituto da 'delação premiada'."

De acordo com a Procuradoria, os depoimentos de Funaro dão conta de que ele e Batista se utilizaram da empresa da Garanhuns Empreendimentos para dissimular a transferência de R$ 6,5 milhões da agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério, ao antigo Partido Liberal (PL). "São sobre essas operações de lavagem de dinheiro que trata o processo, que tramita normalmente perante à 2ª Vara Federal. A última movimentação processual constante é de fevereiro de 2010", diz a nota.

De acordo com a PGR, o material referente aos depoimentos de Funaro foi encaminhado ao MPF-SP pelo então procurador geral da República Antonio Fernando de Souza.

"Essa é mais uma prova de que Veja mentiu novamente. O objetivo da revista é provocar uma guerra eleitoral visando desgatar o PT e assim prejudicar a campanha da companheira Dilma à Presidência da República", afirmou Francisco Campos, dirigente nacional do PT.

Dilma: mais um gope da oposição

Ainda nesta sexta-feira, a ministra-chefe Dilma Rousseff disse, em relação ao caso Bancoop , que a oposição está buscando ressuscitar a crise política vivida pelo governo federal em 2005 com o escândalo do mensalão a fim de influenciar o processo eleitoral deste ano, mas não será bem-sucedida.

"O pessoal está tentando, vamos dizer, trazer 2005 para a eleição de 2010, mas não acho que isso seja eficaz" disse Dilma a jornalistas antes de entrar para a reunião do Conselho de Administração da Petrobras.


Da redação,
Cláudio Gonzalez
com agências

19 de Março de 2010

Nova pesquisa mostra vitória da base aliada para o governo

Intenções de votos para os candidatos dos partidos aliados supera, com uma diferença cada vez maior, os nomes apresentados pela oposição. Veja os números da pesquisa!



A aproximação com o período eleitoral faz com que quase todos os dias novas pesquisas sejam realizadas e divulgadas. Cada vez mais a opinião do eleitor nesse período de definições torna-se imprescindível. Em novos números publicados nessa quinta-feira (18), a vitória para o governo do Piauí segue com a base aliada.


Em primeiro lugar, aparece o senador João Vicente Claudino (PTB) com 22% da preferência do eleitorado piauiense. O segundo colocado, prefeito de Teresina Sílvio Mendes PSDB), detém 18%.


Ainda representando a base, estão os três próximos nomes. O vice-governador Wilson Martins (PSB) com 13%, o secretário estadual de Educação Antônio José Medeiros (PT) com 9% e o deputado federal Marcelo Castro com 7%. O último, aparece o professor Ismar Tavares (PCB) que soma 1% das intenções de voto.

Os números apresentados demonstram a preponderância dos nomes sugeridos pelos partidos que integram a base. Em uma disputa entre aliados e oposição, a vitória seria de 51% contra 19% para aqueles.


A pesquisa em questão foi publicada pelo jornal "O Dia" e realizada entre os dias 6 e 8 de março. Foram questionados mil eleitores em 48 cidades, incluindo a capital.

18 de Março de 2010